terça-feira, 31 de julho de 2007

LULINHA EMPINADOR DE PIPA - 1º CAPÍTULO

- O que o senhor tem a declarar sobre a corrupção no planalto?
- Não sei, não vi, estava empinando pipa.
- O que o senhor tem a declarar, então, sobre a precariedade das rodovias?
- Também não sei, estava empinando pipa.
- Bem, então o senhor, quando estava empinando pipa,
deve ter assistido a esse trágico acidente aéreo.
- Não, não, nessa hora eu estava amarrando o sapato.

RAP DO LULINHA

Saí lá de Garanhuns
Pra curtir no ABC
Fiz discurso
Fiz zoeira
E botei pra derreter

Hoje eu sou Presidente
Ganhei até reeleição
Vou trocando o Ministério
Mas daqui não saio não

--Eu sou do povo, ô ô
--Isso deve resolver
--Eu não sabia, ô ô
--Vou negando até morrer

Meu filho agora tá podendo
Ganha grana sem parar
Eu libero até jatinho
Para ele viajar

Marisinha Bisturi
Tá quase Marta Suplicy
Eu agora tô magrinho
E só uso Givenchy

--Eu sou bacana, ô ô
--Vocês pode confiar
--Não sei da grana, ô ô
--Quando alguém rouba eu não tô lá

OBS: desculpem os erros de Português,
mas são típicos dele, eu não tenho culpa.
Aliás, essa frase também é típica dele...

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Essa é a anti-poesia da vida real.
E que realidade...
Não fosse eu brasileira,
não acreditaria no que tenho visto.
Mas, aqui, no pais da delicadeza perdida,
da cidadania esquecida,
na terra do nunca e de ninguém,
já não resta ilusão.
Nem sonhos.
Quiçá esperança...
Mas restamos nós.

E nós somos tudo.